terça-feira, 25 de setembro de 2007

Quem é Hugo Cabret?

Resumo do Cenário

Enquanto ensaio escrever (oh, chuvas e trovões) uma passagem de capítulo da tese sobre as marcas do código cinematográfico na literatura infantil e juvenil —, com a memória (não me falhe agora) das aulas e dos livros de Arlindo Machado, rebobinando páginas do primeiro ao último cinema, já entre Flávia Cesarino Costa e Pedro Nunes —, ouço: o sinalizador da caixa de mensagens. Troco de tela, os olhos dão um travelling vertical pelos diretórios suspensos. Zoom in: letra E. Atenção às pastas: Editoras. Comando: Abrir. Clico no título: SM publica no Brasil A invenção de Hugo Cabret, um dos livros mais vendidos na lista do diário The New York Times. Então, vírgula, vou caindo pela diagonal daquela leitura que não lê, apenas capta seqüências de letras, pontos e espaços entre parágrafos: capturo a novidade pelo nome do autor, o título e fixo, quando há, a imagem da capa. Mania N. 451: evito toda a leitura dos materiais de promoção e propaganda antes do próprio livro. Mania N. 8 ½ — rolar toda a tela até o final e voltar para topo da página. Operação incompleta, link não reconhecido no final da mensagem:

www.edicoessm.com.br/hugocabret

Encare com seus próprios olhos os olhos luzidios de Hugo Cabret, veja uma pequena seqüência imitando o velho cinema através das ferramentas contemporâneas, ouça o som cavo da máquina de projeção concorrendo com a vibração ao gosto de Rota por uma harmônica de vidro em um filme de Fellini... Não, qu’E la nave va meio século e anos mais atrás: uma sinfonia roufenha em 78 rotações para imagens fixas em branco e preto — páginas de um picture book, graphic novel ou um story-board sincronizado?

Descubra o que você puder neste web-giro que linka a literatura ao estilo do antigo cinema. Não leve em consideração os despistes acima, vá direto aos três primeiros capítulos da novela de Brian Selznick — porque o melhor é desvendar a trama com a própria respiração. Prepare-se. “Mas antes de virar a página, quero que você se imagine sentado no escuro, como no início de um filme.”
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